Direi aquilo que sinto
Quando o descobrir.
Pronunciarei todas as palavras que se espera ouvir,
Quando me lembrar da forma como se dizem
Como se escrevem,
Como se sentem.
Não posso dizer o que não sinto,
Não posso falar sobre o que não sei,
Sobre o que torna a cabeça confusa e
Os sentimentos frágeis.
Não entendo todas as líricas do mundo,
Nem todos os provérbios natais,
Sei o que me ensinaram.
Sei aquilo que li aqui e acolá,
E quando encaro de frente os porquês,
Nem sempre os sei responder.
São passos que quero escondidos,
Porque não interessa serem sabidos.
O que aqui não digo,
Não quer dizer que o não sinta,
Mas não se força ninguém a dizer o que não quer,
O que não sente, ou...
O que simplesmente não sabe se sente.
Porque nem sempre as perguntas têm lugar certo,
Nem hora indicada,
Porque nem sempre as respostas devem ser dadas,
Ou não se conhecem para serem pronunciadas.
Porque muitas vezes, o silêncio é a maior das incertezas!