Depois de praticamente 7 meses a viver na China, depois de muitos passeio feitos por aqui e por ali, nesta e naquela localidade, de contactar com a população urbana e com a do interior e de aprender que há coisas sobre as quais não vale a pena fazer perguntas, hoje, depois de uma visita ao Carrefour , deparei-me com mais uma daquela situações que nunca pensei ver num Hipermercado, mesmo que este seja na China. Na zona dos produtos para casa, toalhas e afins, havia também uma área destinada a pequenos bancos de apoio, onde, claro muitas pessoas estavam sentadas; a experimentar os ditos ou então só a descansar ou...a dar de mamar. É verdade, bem que olhei duas vezes para e certificar que os meus olhos estavam a ver bem, mas era de facto uma mãe, sentada num destes bancos, mama a descoberto a dar de mamar ao filho, que ao que me pareceu deveria já ter bem perto de um ano de idade.
Há coisas que eu continuo sem compreender: se para este tipo de comportamentos não há pudor, nem para o uso das casas de banho, pois já sabemos que muitas delas nem porta têm nas divisões dos buracos disponiveis para cada um fazer o que tem a fazer, porque é que os biquinis de praia continuam a parecer dos anos 50? Não entendo. As raparigas usam mini saias e calções reduzidissímos, mas não usam decotes. Qual é a lógica deste pudor? Para umas coisas que aparentemente teriam mais lógica ser preservadas, não são, e para outras há preservação a mais.
Depois ainda há a lógica de marcar o casamento com um ano de antecedência, e tirar fotografias nessa altura já com as roupas da festa. Também não consigo entender. Que lógica tem isto? Bem sei que não é de forma generalizada, mas sei que existe este tipo de situação, talvez mais para o interior...ou talvez não, porque estes grandes centros urbanos estão cheios de gente que vem do interior e que a pouco e pouco engrossa a massa citadina, perovocando um cada vez maior êxodo rural, por isso, estes hábitos/costumes/tradições acabam por ser disseminadas por aqui, em Pequim, capital de uma China em cosntante ebulição, que convive lado a lado, com a memória muito curta de tempos rurais e comunistas e dos tempos social-capitalistas, onde o "vil metal" comanda os detinos das pessoas e dos país.
De Jorge Pires a 7 de Agosto de 2007 às 10:58
Essa coisa dos WCs com buracos e sem divisórias parece coisa de tropa!
Quanto à falta de decotes, e sem qualquer leitura extra sobre o assunto, poderei especular: mera questão cultural sobre trajes nessa parte do corpo feminino? ou será devido aos corpos asiáticos serem mais franzinos não quererem mostrar o que não se tem?
Sobre o sistema de organização económica da China, um país, dois sistemas, francamente também me faz imensa confusão. Tem base no sistema comunista-socialista de mais ou menos igualdade mas depois permite pessoas riquíssimas com as grandes marcas de luxo ocidental aí a obterem grandes lucros.
Talvez então esteja encontrada explicação para a expressão do fazer ‘um negócio da China!’
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