no Extremo Oriente ...à descoberta de um novo mundo
Quarta-feira, 9 de Maio de 2007
Para lá da imaginação...
Ocasião: A viagem de Maio

Destino: Província de Sichuan

Localidade Base: Chengdu

Hora de partida: 07h50 de Sábado dia 28 de Maio

Viajantes: 13 tugas (Banpo on the road )

Superstições: Nenhuma


Mais fotografias em:
http://fotos.sapo.pt/anliang

Se clicarem numa das fotos, a página é redireccionada para o fotoblog da Sapo onde estão o resto. Na realidade são cerca de 500 e tal, mas apenas está aqui uma amostra.


Sábado
 

Sábado de manhãzinha, com malas prontas e muita vontade de passar umas férias diferentes, lá fomos para o aeroporto de Pequim, com as respectivas malas, uns com mais tralha do que outros, na expectativa de uma viagem de cerca de 2h30 até Chengdu .

A viagem correu muito bem. Dentro da carrinha que nos fazia transportar até ao hostel, pudemos constatar que aquela cidade com alguns milhões de habitantes era bastante desenvolvida e com muitos sinais de modernidade. Completamente distinta de Pequim, nada parecida com Xi’an e a anos luz de Pingyao . Assim é a China, uma mixagem de cores. Os sons são os mesmos, muitos e por vezes pouco agradáveis.

 

Chegou-se ao Hostel, que nada tinha de acolhedor. Cansados, porque o sono tinha sido curto e com vontade de almoçar. Comemos no próprio hostel, depois de apresentados os quartos e de sorteadas as camas. O dia estava cinzento e a chuva ameaçava.

Durante a tarde vimos Pandas. Isso mesmo, fomos ao Giant Panda Breeding Research Base, que se ocupa da preservação da espécie. Os pandas parecem pessoas, sentados e a comer com as duas mãos. Têm um olhar penetrante. E ali ficámos, a observar aqueles animais grandes, Pandas Gigantes, com um olhar terno e com vontade de fazer-lhe festas. O passeio fez-se enquanto chovia. Dormimos na viagem de ida e na de volta. O trânsito estava caótico, a condução como já era de calcular, péssima!

 
 
Domingo
 

No Domingo a partida fez-se também muito cedo, como aliás foi hábitué durante toda a viagem. Estas não foram umas férias para preguiçosos e dorminhocos (o que é que eu estava então a fazer neste grupo?). O pequeno almoço no hostel foi óptimo, para compensar as casas de banho péssimas, e que igualmente se tornaram um habitué ao longo de toda a viagem, isto para dizer que em relação a este assunto os chineses ainda precisam de melhorar um bom bocado. Fomos até Leshan onde pudemos visitar o Grande Budha Sentado, uma construção na rocha, com mais de 70 metros de altura e que nos impressionou a todos pela sua grandeza. Fila para lá chegar porque não podemos esquecer-nos que era mais um fabulástica Golden Week .


Os chineses continuam com a mania de se meterem por entre as filas. Tentámos combater isso durante esta viagem, com sucesso em alguns casos. Nesta ocasião em particular conseguimos. A visão daquele “monstro de pedra” é realmente impressionante, e pensar que foram homens que o fizeram ainda nos deixa mais espantados. As escadas eram íngremes. Demorámos bastante tempo, ficámos cansados, com sede mas contentes. Na realidade foi a partir deste dia que percebemos o quão linda a China é, e o quão valem a pena estas viagens exploratórias.


Horas marcadas para apanhar a van que nos iria conduzir a Emei Shan , localidade situada na base do Monte Emei que iríamos subir no dia seguinte. Tive que comprar um pijama chinês porque me esqueci do meu em casa. Esta localidade tem uma interessante exploração turística, está muito bem arranjada e o tempo que sobrou fez-se de passeio. Fizemos um amigo chinês que se auto dominava de Noddy . Foi simpático mas indicou-nos um restaurante muito mau. Enfim, vicissitudes de uma China interior.

 
Segunda
 

Exploração do Monte Emei . De autocarro subimos até um certo ponto. Foram duas horas de viagem. Depois, bem depois foi a pé, sempre a subir, que os montes são altos. Mal tínhamos começado a andar, deparámo-nos com algumas atracções locais, macacos. Sim, macaquinhos que são espertos e roubam os sacos e outras coisas a quem por ali passa. São muito engraçados.

Estávamos perto dos 3000 metros de altitude. Cansava muito andar. Começámos a olhar o horizonte e a imagem que se prendia aos olhos era indescritível. Esta sensação, de indescritibilidade ainda se repetiu, pelo menos mais uma vez durante esta viagem, mas mais à frente vos direi.

O céu estava mesmo ali, muito acima das nuvens, quase tocável, com aquela sensação de que se estendesse a mão podia sentir aquele algodão que em farripas se passeava entre montanhas e que em massa fazia lembrar um edredon de seda. De teleférico pudemos apreciar a paisagem, elevada nas montanhas, harmoniosa nas cores. No topo um Buda, dourado quie brilhava com o sol que aos poucos nos queimava a pele. O cheiro a incenso fazia intensificar o sagrado daquele lugar. Perdemo-nos nas muitas fotografias que tirámos, tudo para mostar que há lugares para os quais simplesmente não há palavras. Ao entardecer voltámos a Chengdu, com ansiedade de saber o que nos reservava o da seguinte.

 
Terça
 

Bem, terça feira foi dia 1 de Maio, e como tal havia gente por todo o lado, incluindo a subir montes, como nós! Então neste maravilhoso dia visitámos pela manhã a Dujiyangian Irrigation Project que é nada mais nada menos do que um dos primeiros projectos de irrigação de sempre, que tem não sei quantos mil anos, acho que são 2. Foi muito bom. Vi um templo que aparentemente era igual aos outros, mas que na realidade tinha uma decoração diferente. As pinturas representavam cenas que acredito serem de histórias tradicionais chinesas ou de cenas do quotidiano do templo. A parte de ter que atravessar um rio enorme por uma ponte suspensa de corda é que não teve la grande piada, sobretudo nas alturas em que ela oscilava como se não houvesse amanhã.

 

À tarde subimos o Monte Qingcheng, que era bem alto e tinha escadas e mais escadas, aquilo nunca mais acabava. Havia teleférico mas a maioria optou por ir a pé. Evidente que a maioria não chegou ao topo. As escadas não tinham fim, o cansaço era imenso e a altitude fazia com que respirassemos com maior dificuldade. Ora bem, depois de muito subir, tivémos que descer, uma vez que chegámos à conclusão que chegar ao cimo antes da hora marcada para apanhar o autocarro era impossível. A descer foi cerca de uma hora, a subir, 2 horas e tal acho eu, com direito a várias paragens. Continuo sem perceber como é que as chinesas fizeram aquilo de saltos altos, como é que as crianças aguentaram e os velhotes também. Os tugas estavam mais do que mortos quando se encontraram no sopé. O que vimos? Despenhadeiros fantásticos, verdes e mais verdes e templos Taoístas, pois aquele monte era por excelência representação desta corrente.

 
Quarta
 

Este foi o dia das 12 horas de autocarro que fez o percurso Chegdu – Jiuzhaigou. Desde ultrapassagens pela direita, nas curvas, com um som de buzina de 5 em 5 segundos que não deixou ninguém dormir, até paragens para tirar fotos com Iaques, comer num restaurante de beira de estrada uma comida extremamente picante e ir a uma casa-de-banho à qual dispenso comentários, foi um dia muito giro. O grupo estava animado, conversou, comeu, cantou, disse parvoíces, enfim, afinal, quais 12 horas qual quê? A viagem correu bem, foi divertida e vimos coisas lindas pelo caminho. Venham mais viagens de autocarro, de preferência que tenham a buzina estragada, se faz favor.

 
Quinta

Sobre este dia não vou comentar muita coisa, porque há imagens que valem mais do que mil palavras, e este lugar, é um desses. (Jiuzhaigou)

 








Sexta e Sábado
 

Viagem de regresso a Chengdu que se fez de avião. Ópera pela noite, ainda houve lugar a copos e Pandas!!! Comprinhas nocturnas numa espécie de feira em lugar típico. Supostamente voltaríamos a Pequim no Sábado à noite, mas motivos de força maior fizeram-nos ficar mais uma noite. À falta de quartos na pousada, dormimos em tendas de campismo no terraço da própria pousada que tem esta opção em caso de necessidade (e que bem que se dormiu comparativamente com as outras noites passadas em beliches cujo colchão era inexistente). Aqui o edredon serviu lindamente de colchão. Tivémos então tempo para conhecer a noite desta bela cidade, fomos a uma discoteca recomendada pelo Jimmy, o rapazito que trabalhava no Hostel. Tipicamente chinesa, com quase nenhuns ocidentais além de nós, lá estavam as chinesas malucas a dançar e a beber os jarros de iced tea com wisky.

 
Domingo

Regresso ao lar pequinês, à procura de um bom banho em casa-de banho decente e de um pequeno almoço reforçado que o do avião foi chinês e a papainha de arroz que eles comem não é nada de especial, para não dizer má. Almoço no Italiano para recuperar forças e preparar-nos para voltar ao trabalhinho. Direito a festa de anos para a Martinha, e de despedida porque os nossos visitantes estavam praticamente todos de partida. Voltamos ao normal, os 10 banpos, novamente à descoberta de Pequim e da China.


sinto-me: In heaven

disse anliang às 13:41
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De Mary a 14 de Maio de 2007 às 08:17
Fabuloso....


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De
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