no Extremo Oriente ...à descoberta de um novo mundo
Terça-feira, 30 de Outubro de 2007
Pequim à noite
Ainda ficou a faltar postar as fotos que tirei no Domingo ao final do dia de lugares que já conheço mas que numa objectiva têm outro encanto
Rua das AntiguidadesO mercado nocturno em Wanfujing
Já conhecem este mercado, pelo menos de alguns dos meus posts /descrições, mas para quem ainda não tinha visto imagens, aqui ficam as fotos de Domingo. É mesmo aqui que se podem comer coisas estranhas, nomeadamente centopeias, larvas, gafanhotos, escorpiões e mais umas quantas coisas engraçadas.
Quem cá esteve pode ver na primeira pessoa como isto funciona, foi exactamente aqui que comi cobra. Desta vez não houve lugar a experimentar coisas esquisitas mas mesmo assim provei uma espécie de arroz doce com ananás coberto de açúcar, servido em meio ananás aberto. Era bom e os meus companheiros de passeio experimentaram todos: a Cláudia , a Sofia e o Luís. Como ninguém ficou com dor de barriga, é porque não era mau, eheheh .
sinto-me: A provar coisas boas
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
4 a menos
Pequim amanheceu frio e solarengo este Domingo. Mas frio daquele que nos enregela se não nos precavermos com um casaco bem quente. O Inverno voltou, para ficar, e quem por cá está é melhor que tire definitivamente do armário os sobretudos e tudo o que houver de mais quente para se proteger.
Pequim, amanheceu hoje, segunda feira, frio e solarengo, com filas de trânsito e pessoas apressadas, que caminham na rua, que pedalam nas suas bicicletas, que se dirigem para um sítio qualquer. Mas estas pessoas são hoje em número menor do que nos últimos 9 meses, são em número menor desde o dia em que puseram o pé nesta terra, pela primeira vez, um grupo de jovens vindos de Putaoya em busca de um sonho anunciado dias antes.
É verdade, a primeira "leva" de contactos C10 que ficaram em Pequim já partiu, e nesta altura já chegou ao ponto de partida, Aeroporto da Portela em Lisboa, à cidade que se despediu deles há cerca de 272 dias. Era esperado, a viagem estava marcada desde o primeiro dia, por isso, quando o tempo se começa a tornar curto e próximo da data X, tudo se torna mais rápido, o nervoso miudinho desponta, ao fim de uma calma soberana de vivências excitantes que duraram um bocado de vida.
As contagens decrescentes há algum tempo que tinham começado, mas acho que para todos, a "moeda só caiu" quando se viram no aeroporto de Pequim, com as malas na mão à procura do gate em que iriam embarcar e passar pelo menos meio dia até aterrarem novamente em terras ocidentais deixando para trás o País do Meio.
Não houve grandes despedidas porque isto foi apenas um até já, um até logo, um até breve. Vemo-nos todos em Lisboa, a capital de Putaoya, para falar, rir e contar a todos e entre todos as aventuras que vivemos 9 meses em Zhongguo. Serviu de despedida o jantar de sexta-feira, no qual nos reunimos todos, com todos, para festejar um aniversário que espero partilhar em breve novamente, e desta vez efectivo, quando eu mesma aterrar também em Putaoya, depois de de lá ter partido dia 14 de Janeiro em aventura desconhecida para me encontrar com quem passou a ser a minha "família chinesa".
Espero que tenham todos chegado bem, e façam favor de descansar bastante porque dia 21 aí nos encontraremos para uma noite que se vai querer muiiiiitooo longa!!!!
sinto-me:
Domingo, 28 de Outubro de 2007
Aniversário Reinventado - Obrigada a todos
Sexta feira à noite estava demasiado calma para o meu gosto, mas como andava tudo cheio de coisas para fazer, os que iam embora, os que tinham trabalho até tarde, não achei muito fora do comum que até às 10 da noite ninguém tivesse ligado para combinar jantar, nem para sair, nem que me tivessem falado num jantar sobre a qual eu não fazia ideia.
Vais sair assim? Assim, como? De ténis? Mas porquê vamos a algum sítio especial? Ah não... bom e assim ficou a abordagem da Cláudia na tentativa de me convencer a pelo menos por uns saltos altos...sem sucesso. Estava com fome e a ficar cheia de sono. E onde é que vamos jantar perguntei algumas vezes? Vamos ao russo...está bem.
Lá fomos pastelando no táxi que parecia que pressa não tinha nenhuma...
O Russo estava vazio, as mesas postas e ninguém a jantar, o que dado o avançado da hora não era de estranhar, mas mesmo assim quiseram descer ao andar de baixo, estranho no mínimo, porque se éramos só três pessoas (eu, a Claudi e o Gonçalo) porque é que havíamos de ir para baixo se as mesas estavam todas por nossa conta..mas pronto, esta gente é toda doida, é melhor nem perguntar muito, eheheheheh .
Quando desço as escadas, o que vejo e oiço não me podia ter surpreendido mais: Parabéns a Você, num coro de 24 pessoas que ali se juntaram para festejar um aniversário anunciado, mas também a alegria de partilhar uma China que para todos é e será sempre um lugar especial.
A festa era surpresa e os meus olhos riam de alegria. A minha cara de espanto deve ter sido coisas inigualável!!! Todos combinaram juntar-se e celebrar o meu aniversário chinês, visto que seria a única do grupo C10 a não fazer anos em terras de Mao.Tive direito a presente, a bolo e à presença de todos os que fizeram parte desta aventura na China, incluindo os meus chefes.
Que mais posso dizer além de OBRIGADA? Posso dizer que este foi um dos melhores anos da minha vida, que aquilo que vi e aprendi não têm palavras que o possam descrever, que fiz amigos e conheci muita gente de todos os cantos do mundo, mas que sobretudo criei uma segunda família, da qual todos fizemos parte durante pelo menos 9 meses.
As fotos não são muitas mas assim que a Sónia as mandar eu ponho cá. É a forma de homenagear os que nesta surpresa participaram:
Cláudia
António
Gonçalo
Mendes
Rasheed
Susy
David
Maxá
Sónia
Maria João
Rafela
Inês
Rui
Miguel
Zé
Liliana
Raquel
Carlos
Mariana
Nuno
e aos outros participantes inesperados e que conheci nessa mesma noite...
Beijinhos grandes, muitos a todos e OBRIGADA mais uma vez por me proporcionarem um pré-aniversário fantástico! Gosto muito de vocês todos e obrigada por fazerem parte da minha vida.
sinto-me: Surpreendida e Feliz
Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007
Houve um tempo...
Houve um tempo em que pensámos que tudo ia correr bem, que o mundo era perfeito e as estrelas sempre se acomodavam no céu, nem que fosse apenas para o compor
Houve um tempo em que sorrimos e pensámos que tudo o que era diferente se completava e que nunca havia lugar a puzzles sem peças
Houve um tempo, em que a vida se descomplicava por si mesma, e tudo o que nos passava pelos olhos era absorvido sempre com a máxima intensidade
Houve um tempo em que os olhares se cruzavam com alguma cumplicidade, por vezes, com muita cumplicidade de actos idênticos e prazeres comuns
Houve um tempo em que partilhávamos o corredor da boa vontade e do companheirismo
Houve um tempo em que somados dávamos mais do que as parcelas, porque o céu era azul e as gargalhadas os raios de sol
Houve um tempo que se perdeu pelo caminho que se fez diferente nos entretantos, que se tornou distinto nos percalços e que não ocupará nunca o lugar da peça que falta no puzzle
sinto-me: Absorta em pensamentos líricos
China à vista
A China está na moda. Até agora não sabia muito bem o que seria isso de um país estar na moda, até porque o conceito, diga-se, é recente, mas desde que cá estou comecei a perceber muito bem o significado desta expressão. Neste momento Pequim, entre outras grandes cidades chinesas, além da normal recepção de multinacionais que vêm aproveitar a quantidade de trabalhadores disponível e os baixos salários que se praticam nesta terra, recebem delegações empresariais que vêm estudar o mercado, ver como é a China, como são os chineses para além dos que conhecem na Europa e que abrem os restaurantes e as típicas lojas chinesas que comerciam tudo o que se possam lembrar. As festividades e celebrações com nomes internacionais também estão por cá aos montes, basta ver a divulgação em massa que Espanha este ano faz, celebrando "O ano de Espanha na China"
Obviamente que foram, em primeiro lugar, os Jogos Olímpicos os precursores deste súbito interesse pelo país do meio, também a ténue abertura da China ao exterior e a todos os vícios ocidentais que entretanto se instalaram, creio eu, para ficar. A pressão dos países que por cá dominam é imensa, quer na abertura de novos restaurantes, nos bares e nos espaços que modernamente abarcam as ideias e conceitos que chegam do exterior. A vontade de fazer dinheiro fácil, rápido é um dos motores de investimento que por cá existem, mas também a vontade de conhecer e desbravar uma sociedade, que conservadoramente se tenta aos poucos despir de preconceitos é tida em conta.
Nos empresários portugueses que por cá passam e com quem falo, vejo vontade de conhecer, de saber, de perceber como funciona este gigante, como se passam os negócios, que targets deverão ser atingidos ou os que estão em maior ascensão ou os que terão garantias de sucesso e retorno, contudo o desconhecimento da China em relação ao nosso país é enorme. Não se esperam facilidades, mas penso que se tem que insistir, que se tem que tentar mais, que os grupos de empresários deverão antes de mais perceber os contextos, delinear uma estratégia, como há dias me dizia umas destas pessoas, porque qualquer plano de ataque sem estratégia estará votado ao insucesso, uma vez que a planificação é sempre a base de tudo o que se quer concretizado. Que não se esperem retornos imediatos ou sucessos fantásticos, que não se esperem apostas ganhas à partida sem antes ter chegado, porque a sabedoria de todos é escrita pela experiência e nunca pela aventura inconsequente. Negócios da China farão sentido para quem os souber construir!
sinto-me: Rezingona
Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007
Temperaturas
Já estamos na casa nova, com todas as bagagens, o necessário e o acessório também! A minha "cama" é confortável, e o apartamento bastante acolhedor, apesar do seu aspecto branco alvo. Se por cá ficasse, gostava de lá morar.
Aquela zona sofre bem mais com problemas de engarrafamentos, o que faz com que demore um pouco mais para chegar ao trabalho, razão também pela qual os taxistas inventam caminhos alternativos para chegar ao destino, e mais caros, pois claro! Hoje já fui enganada duas vezes, de manhã e quando fui almoçar. Até parece que não estou cá há 9 meses, bolas! Deve ser do frio, deve, deve...
Já sei que por Putaoya as temperaturas andam bem quentes, pois bem aqui cada vez descem mais. O frio já chegou, mesmo para ficar. Casacos, cachecóis já fazem parte da indumentária diária, não há cá lugar às chamadas roupas de meia estação, o que é uma pena.
As árvores começam a despir-se, estando agora com tons fabulosos entre o amarelo, vermelho e esverdeado. No Inverno a cidade não fica nada bonita, tem um aspecto gelado e nada alegre, se bem se lembram das minhas descrições de há 9 meses atrás, quando por cá aterrei.
Hoje conheci a nossa vizinha do lado, uma chinesa bastante simpática, muito expedita e com um óptimo inglês. Trabalha na IATA e tratou logo de me convidar para jogar ténis com ela e com uns amigos, sim porque este condomínio além de ginásio, tem corte de ténis, mercearia e café, parque para as crianças brincarem e ainda espaço para as senhoras de mais idade, fazerem todos os dias a sua dança matinal ao som da tradicional música chinesa. Claro que lhe disse logo, ah e tal, só joguei ténis uma vez, mas posso tentar novamente (vai ser lindo vai).
O youtube continua off o que é uma chatice. Não tenho músicas gravadas no portátil e trabalhar sem música é mau, mas enfim, Já bloquearam o blogspot outra vez e a wikipédia nunca mais voltou a estar disponível. Lá vamos por portas e travessas como se sabe, mas é uma pena!
sinto-me: A precisar de casacos
música: Dead can Dance - Wake II
Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007
Casa Nova, vida nova...
Mudanças feitas....à uma em ponto lá estava o senhorio, a mulher dele e o Wilson da agência que nos alugou a casa. A tralha espalhada era ainda imensa, imaginem que nos perguntaram se tínhamos uma empresa para nos transportar as coisas, eram só uns saquitos, não é preciso exagerar, eheheh.
Não é que tive que ir limpar a tampa da máquina de lavar roupa porque a senhoria embirrou que aquilo estava sujo, tinha detergente, nada de especial. Ela devia era ter-se lembrado de como nos entregou a casa, tivemos que a limpar antes de por o que que quer que fosse nos lugares. Enfim, para não criar problemas, lá fui esfregar aquilo, depois da Cláudia ter limpo o frigorífico (coisa que eles nunca devem ter feito) e de ainda nos terem descontado 100RMB do valor da caução por uma lasca num dos tacos, acham isto normal? A construção daquela casa é má, mas mesmo muito má, os tacos uma porcaria, e ainda tivemos que pagar por causa de uma lasca mínima ... devíamos era ainda ter cobrado dinheiro pelo inferno de Verão que passámos por causa do ar condicionado, isso é que tinha sido justo, ai não!
Chamámos todos os putaoyaren pengyou para ajudar com os sacos. tudo ao trabalho. Fomos em dois táxis, nós os residentes, mais dois visitantes e resmas de sacos e tralha. A casa está ainda muito desarrumada, mas já fomos às compras ao Carrefour, o nosso novo vizinho. Agora vai mesmo ser impossível ignorá-lo. A confusão não era assim tanta, Domingo à tarde, depois de recuperar da farra de sábado à noite, em que reunimos toda a gente no nosso restaurante chinês predilecto "o pato" que tem outro nome que não este, e fomos para Nanjin bar, dançar e beber até tarde. Foi muito bom! Celebrações que assinalam o fim desta aventura para alguns. Metade de nós tem já as malas feitas para o próximo domingo. O dia já estava marcado, por isso....é hora!
"Não há bem que sempre dure nem mal que nuca acabe" diz o povo com muita sabedoria. Mas dá um friozinho na barriga pensar nisso, dá mesmo!
música: Nelly Furtado - All good things come to an end
sinto-me: Waiting and counting
Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007
Mudanças e casa nova
Pois bem, amanhã, por volta da uma da tarde lá estará o senhorio para ver se a casa está em ordem e nos devolver o depósito e depois, depois é dizer adeus à casinha dos últimos tempos, muito bem localizada, um pouco cara e com problemas que sobrem. A nova casa já existe, é um T1 que vai ficar para Cláudia e que vamos partilhar nos próximos 2 meses. É uma casa bem simpática, perto do Carrefour, um pouco mais longe mas nada que chateie . Só não vai dar é para ir a pé para a o trabalho, de resto está num bom sítio.
28º andar, sim aqui é sempre a subir, lol. Estive lá ontem à noite na mega odisseia das mudanças. Enfiámos o que pudemos no carro do Clive, o colega da Cláudia , aquele que casou quando nós chegámos, lembram-se? Pois é, foi um simpático e ofereceu-se para nos ajudar com as mudanças. Devagar, muito devagar lá fomos no seu Peugeot 206 até ao condomínio do novo apartamento. Ora feitas as contas tenho duas malas cheias de roupa e ainda o que sobra para empacotar, sapatos e cremes e recuerdos que vou tentar enfiar na mochila de campismo do António, primeiro para transportar, depois para pesar, porque cá me parece que na próxima semana há coisas que vão já marchar para terras lusas. Mesmo que eu queira comprar mais duas malas, além da que tenho, como é que seria a logística de ir para o aeroporto? Impossível. Não faço ideia quantos kilos tenho para lá, mas realmente é tudo muito pesado, devia era havetr um sistema de tornar as coisas mais leves, lol, isso é que era uma boa invenção, quiçá candidata a prémio de qualquer coisa, ou prémio de invento do ano.
Melhor seria se as companhias aéreas, já que se paga um balúrdio para viajar, aumentassem o peso prmitido de quem está fora tanto tempo, acho que era mais do que justo. Já sei que se o meu bilhete fosse classe superior dava para mais uma mala...mas os pobres também têm tralha...enfim, não havendo remedeia-se e paga-se.
sinto-me: Packing
Já passaram os 9 meses
Estou na China há 9 meses e 4 dias.
É verdade que o tempo passou muito depressa, é verdade que o Inverno voltou e que me recordo ainda com bastantes evidências do que senti a primeira vez que pisei esta terra e senti o frio ferir-me os olhos, e me lembro com exactidão da vontade que tinha de tudo conhecer e saber e perceber e entranhar.
Não foi fácil, mas como sabem eu não penso muito sobre as coisas, (deste género, claro) por isso, não cheguei a ter tempo nem paciência para pensar no que realmente me estava a acontecer, na realidade nem parei para me questionar. Talvez tenham ajudado todas as expectativas que se desenharam em torno desta minha aventura. Dos que ficaram, dos que disseram que viriam visitar-me e não vieram, do que cá estiveram e conheceram o outro lado do mundo pela primeira vez e perceberam e partilharam que tudo é gerido da mesma forma como em Portugal. Os espaços são diferentes, eu continuo a mesma, como sempre. Com a alma mais cheia, mais cheia de tudo como não poderia deixar de acontecer, porque ninguém pode nunca ficar indiferente a uma vivência destas.
Projectei esta experiência durante algum tempo, e praticamente estava na fase em que apenas concorria por descargo de consciência, como faço com tudo o que me aparece pela frente e para o que sei, não ter grandes hipóteses. Afinal, desta vez as coisas correram bem, bolas, que não podem sempre tudo correr mal. Não são saudosismos antecipados, apenas constatações presentes sobre alterações de curso de vida. Espero que daqui a uns tempos não tenha a sensação de que isto tudo se passou há mil anos e que apenas se guarda uma breve lembrança de que um dia estive na China. Honestamente acho que isso é impossível, por tudo o que este país representa e por tudo o que se vive numa cultura como esta.
sinto-me: a fazer contas...
música: Andrea Bocelli - Time to say goodbye
Quinta-feira, 18 de Outubro de 2007
Palavras soltas, compostas, difíceis
Direi aquilo que sinto
Quando o descobrir.
Pronunciarei todas as palavras que se espera ouvir,
Quando me lembrar da forma como se dizem
Como se escrevem,
Como se sentem.
Não posso dizer o que não sinto,
Não posso falar sobre o que não sei,
Sobre o que torna a cabeça confusa e
Os sentimentos frágeis.
Não entendo todas as líricas do mundo,
Nem todos os provérbios natais,
Sei o que me ensinaram.
Sei aquilo que li aqui e acolá,
E quando encaro de frente os porquês,
Nem sempre os sei responder.
São passos que quero escondidos,
Porque não interessa serem sabidos.
O que aqui não digo,
Não quer dizer que o não sinta,
Mas não se força ninguém a dizer o que não quer,
O que não sente, ou...
O que simplesmente não sabe se sente.
Porque nem sempre as perguntas têm lugar certo,
Nem hora indicada,
Porque nem sempre as respostas devem ser dadas,
Ou não se conhecem para serem pronunciadas.
Porque muitas vezes, o silêncio é a maior das incertezas!
música: Bob Marley and the Weilers
sinto-me: