no Extremo Oriente ...à descoberta de um novo mundo
Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007
O Casamento
Então vamos lá a saber como é um casamento chinês. É verdade, ainda agora aqui chguei e já ando a ter experiências alucinantes da vida social chinesa. Acontece que a Cláudia recebeu o convite para ir ao casamento de um colega de trabalho, que por sua vez perguntou se poderia levar os seus dois colegas e parceiros de casa ocidentais. O rapaz foi muito simpático e disse que nós também podíamos ir.
 
Os casamentos na China começam cedo, lá pelas 10 da manhã. Sim que isto de dias inteiros a comer e beber como em Portugal não é para chineses...mas também já vão perceber porquê. Lá chegámos ao casamento que era num restaurante/hotel com muito bom ar pto da Praça de Tiananmen. Fomos recebidos pelo noivo, no 3º andar. Assinámos o livro de presenças, como se fossemos todos muito íntimos, e fomos encaminhados para a sala. Uma sala normal, decorada com balões e coisas matrimoniais, e indicaram-nos uma mesa onde estavam algumas pessoas que falavam inglês, coisa rara por estas bandas. Dentre estas pessoas, a chefe da Cláudia e a secretária e uns familiares (destes pelo menos 3 não falavam outra coisa que não chinês). Então chegou a noiva com o seu vestido branco e com a musiquinha dos casamentos. Depois aquilo parecei uma espécie de apresentação de um concurso porque havia uma pessoa, tal e qual um apresentador que fazia perguntas ao noivo e à noiva e todos se riam e batiam palmas, e nós sem perceber nada. Depois acedem umas velas, trocam umas bebidas com os sogros, fazem votos de amor eterno (devia ser isso que estavam a dizer) e começa o desfile de comida. Os pratos vão variando em cima da mesa que roda, como nos restaurantes chineses e toca de comer doces (rebuçados e chocolates) que é para desejar sorte e felicidade. A roupa é normal, ninguém ia melhor vestido do que o que se usa todos os dias. Se fossemos de vermelho tanto melhor que era para desejar sorte e felicidades.
 
Entretanto começa a farra da bebida. A toda a hora brindes e copos cheios. Ah  etoca de beber tudo de pernalty que isto de se beber aos poucos não está com nada. Primeiro vem o pai do noivo, depois o da noiva, depois o tio, o papagaio e o gato. Aquilo foi um tal de emborcar copos...eram 11 da manhã! Não se pode recusar porque é ofensa. Quando dei por mim já tinha bebido 4 copos de aguardente, ou lá o que aquilo era e já via as coisas a dobrar.... Depois foi um defile de familiares a cantar e a tocar em homenagem aos noivos e pronto, eu, a Cláudia e o António lá fomos cantar em homenagem aos noivos. Menina estás à janela do Vitorino pareceu-nos bem. Para eles era igual porque não percebiam nada mesmo, por isso, lá ficaram a olhar para nós como se fossemos uns Ets ali caídos de paraquedas. O pessoal comeu tudo o que havia para comer e depois toca de ir embora. Também fomos, depois de termos sido convidados para não quantas festas que aqueles chineses da nossa mesa iam organizar.
 
Já perceberam porque é que os casamentos não duram o dia todo, não já? É que era meio dia e já tava tudo bêbedo!!! A comida era chinesa e o Pato à Pequim estava delicioso.



Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2007
A Globalização chegou à China
Fomos fazer as nossas primeiras compras. Imaginem o nome do Hipermercado?....vá tem duas tentativas pelo menos...Pronto vá, eu digo...Carrefour. Ah pois é, um Carrefour chinês que é para não se perderem os bons hábitos. Mas meus amigos, não é bem a mesma coisa, é parecido. Primeiro, mesmo em dias de muita enchente no super, ontem sábado, parece que nunca eu tinha visto tanta gente num hipermercado, e todos chineses. Dito assim, então é que não vi mesmo. Fomos comprar as roupas de cama, toalhas, edredons, elementos de limpeza e não deu para comprar mais nada, porque não temos carro e temos que nos fazer transportar de taxi nestas ocasiões. Então lá estivémos a escolher as roupinhas e toca enfiar tudo num taxi. Parecia um filme de rir, porque depressa a bagageira do taxi ficou cheia e eu e a Claudia que ficámos no banco de trás, lá viémos a rir que nem umas perdidas porque estávamos submersas nos edredons. Bem para dizer a verdade, acho que foi a primeira vez que me ri tanto e mesmo com vontade desde que cá cheguei.
 
A venda de peixe no Carrefour é um bocado diferente, sobretudo porque além de estar tudo ao molho, os empregados gritam como se estivessem no mercado do Bolhão. Tudo cheira a fritos. As toalhas cheiravam a fritos, as nossas roupas cheiram a fritos...é cá um enjoo! Coisas ocidentais só mesmo neste hipermercado ou num que se chama Jenny Lous, ou coisa do g\enero, porque nos outros está tudo em chinês e não se percebe muito bem que produtos é, senão forem os mais básicos. Neste super que disse consegui ver bolachas Maria, made in Portugal da Viera de Castro, foi uma emoção! Cá também se encontram vários tipos de quijo e outros produtos que normalmente não se vendem nos supermercados da rua normais e que também não aceitam cartão de crédito para pagamento. Enfim....


disse anliang às 06:30
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A nosa casa
Sorte ou não já temos casa. Uma casa com 170 m2, com vista para a 3ª circular e no 22º andar. É uma casa nova e com alguma mobília, tipo, o básico: camas, mesas de cabeceira, tvs nos quartos (bem esta parte não assim muito necessário, mas com a febre consumista desta gente, foi um tal de comprar Tv's...), mesa e cadeiras nas sala, está minimalista o suficiente para não dar muito trabalho a limpar. A cozinha é bem gira. Depois eu ponho aqui fotos para vocês verem. A casa é bem melhor do que a que tenho em Portugal, mas também, se não fosse melhor, seria muito pior, porque os saneamentos e o conceito de casa de banho não é ainda bem o mesmo que por terras do Ocidente.
A renda inclui a manutenção e o aquecimento. Quanto à electricidade, água e gás, não é nada como aí...aliás nem sei se é melhor ou pior, passo a explicar. Temos uns cartões, género multibanco e depois carregamos esses cartões com a quantia que queremos comprar de cada coisa, imaginem, quero comprar 20 euros, quer dizer, 200 RMB de electricidade, vou ao banco ou à companhia, levo cartão e pago. Depois quando chego a casa, tenho que passar o dito cartão num aparelho ue está na casa-de-banho, para “carregar” o valor comprado, debaixo do lava-louças para a água quente, e à entrada do apartamento, para a electricidade. Sendo que estes bens de consumo são muito baratos, se quiser comprar 200yuans de electricidade deve dar para mais de um ano. Por um lado é um método bom porque sabemos sempre o que estamos a pagar e para mais ou menos quanto tempo dá, o que nos permite comprar, género por atacado, mas por outro temos que nos deslocar de nossa casa para o fazer, o que é que vocês acham?
 
Para alugar casa, isto aqui na China, é dito e feito. Vimos a casa sábado de manhã, e mudámos 2 horas depois. À tarde demos o adiantamento (caução) que tivemos que levantar em cash no Banco da China porque não temos cá conta aberta. Pagámos em notas :-) O senhorio e a moça da imobiliária que é a Yang, vieram da parte da tarde para assinarmos o contrato de arrendamento com as cláusulas escritas em chinês e em inglês, claro.
 
A máquina de lavar a roupa é estilo brasileiro ou italiano, coloca-se a roupa por cima e...só lava com água fria, pela simples razão de que no compartimento onde se encontra não há água quente. Estou para ver esta brilhante lavagem. Nódoas então deve ser uma maravilha...


disse anliang às 06:24
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Telemóvel Chinês
Já tenho telemóvel e número chineses. Na realidade essa história de que este é o país das altas tecnologias deixa muito a desejar. Não há telemóveis 3G, o que significa que todos os outros são muitas das vezes mais caros do que em Portugal. Como tal, comprei um Sony-Ericsson de há 3 mil anos, embora a cores, com um menu de opções do mais limitado que possam imaginar e que por sorte tinha inglês. Sim que este telemóveis normalmente só têm 2 línguas: mandarim e inglês e já não é nada mau. Bem custou-me 38 aéreos. O número tem 11 algarismos e parece que tem alguma sorte, porque aqui tudo o que são coisas que impliquem números têm que ser escolhidos quase a dedo, para dar muita sorte.


disse anliang às 06:18
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Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2007
Coisas Chinesas
Ah...sobre os hábitos chineses, além do fantástico cuspir no chão, hoje de manhã tive uma (des)agradável surpresa...eles tb fazem xixi na rua. Pois é, lá estava o sr. encostado à parede a fazer um xixizinho. Enfim, lá tenho que me habituar a estas coisas, afinal ainda são 9 meses de gestação J
 
Como estou na zona dos bares, género Santos, e ontem fiquei na rua até mais tarde pude ver como é que as coisas se passam. Quase todos por onde passei tinham umas raparigas chinesas ou a cantar ou a dançar, a tocar. Pareceu-me giro, mas a maior parte dos clientes era chinesa. Ao que parece, por causa do frio não é muito hábito sair à noite no Inverno. Não os censuro, vocês não tão bem a ver o grizo que estava ontem à noite quando saímos do restaurante. Dia destes vamos lá beber umas bejekas. Tabaco vende-se na rua, numas bancas improvisadas. O António comprou um tabaco chinês, muito manhoso. Experimentei e parece que me estavam a cerrar a garganta. Horrrívelmente mau.


disse anliang às 11:08
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Saudades de Portugal...
Sobre as saudades de Portugal...estive a ouvir os CDs que os meus amiguinhos me deram. Muito Bom. É claro que este português maravilhoso me faz ter saudades pelo menos de ler os letreiros dos sítios e perceber alguma coisa.
Quem é que teve a ideia de gravar a Maria da Fonte? Carlos, não sei porquê mas acho que a ideia foi tua J
 
A música do Rui Veloso...roendo uma laranja na falésia....Havia um pessegueiro na ilha...faz-me lembrar uma vez quando eu tinha 16 anos e estava na Secundária de Castro Verde na sala de informática com a minha amiga Marisa e o Nuno Peres a dançar esta música como se não houvesse amanhã. Lembro-me tão bem! Bons tempos! Enfim, boa escolha, tá claro. Xutos, Pipes, foste tu de certeza. Deve ser para eu me lembrar dos Karaokes no Bairro....Quando eu voltar volta tudo ao normal....karaokes à sexta-feira.


disse anliang às 11:07
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Sabores do Oriente - Parte II
Agora que já chegaram os meus parceiros de casa, a coisa já está mais “acompanhada”, pelo menos já há com quem partilhar os “sabores” Pequineses. E nada melhor do que jantar num restaurante chinês! Então é assim: eles não sabem uma palavra de inglês e a coisa só lá foi por gestos, e mesmo assim, não sabemos muito bem o que é que comemos.
Eu não sei como é que eles vão fazer com os Jogos Olímpicos sem falarem nada de inglês, mas tudo bem.
 
A Cláudia tirou umas fotos ao prato maravilha e em breve já cá ponho para que possam apreciar. Os restaurantes só vendem comida e bebidas, não há cá isso de comer sobremesa e muito menos café. Se pedirem chá, talvez tenham mais sorte. Os chineses comem a uma velocidade vertiginosa e com os pauzinhos malucos. Às tantas estávamos rodeados por 5 empregados, todos a falarem chinês conosco e nós sem perceber rigorosamente nada do que diziam e claro, vice-versa!
 
Aqueles restaurantes só são chatos porque o cheiro a fritos e àquela comida chinesa se entranha na roupa de uma forma que hoje não consegui vestir o casaco que tinha ontem à noite. Muito mau...
 
Andamos à procura de casa. Tem que ser, que isto de ter a roupa toda ensacada já chateia. É um tal de ligar e falar inglês macarrónico com tradução automática para chinês graças à secretária do ICEP que é uma chinesa que fala um inglês perfeito. No fundo ela é a nossa porta para a China, para marcar coisas e fazer perguntas às imobiliárias e para comprar um telefone chinês e cartão, coisa que ainda não fizémos porque se eu vos contasse os planos tarifários e regras de chamada das redes de cá, vocês não iam acreditar! Ainda estamos a decidir que cartão comprar.


disse anliang às 11:05
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Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007
Sabores do Oriente

Bem, o dia de hoje comecou cedo. Sim que esta coisa de estarmos com as horas trocadas da um abalo ao sono terrivel. Para dizer que me deitei eram 7 da tarde e que estava podre de sono! Depois foi um tal de dorme duas horas e acorda, dorme duas horas e acorda, ate as 6 da manha, hora em que ja nao consegui dormir mais. Quem sabe do meu mal da preguca, espante-se! Enfim, o jantar de ontem foi um pao estranho comprado num supermercado maioritariamente frequentado por expatriados (que e aquilo que agora sou). Portanto, comprei uns pacotes de leite horrivel da Nova Zelandia, mais umas bolachinhas que ainda nao provei e que sao chinesas e ainda umas macas dos EUA. mais internacional que isto, impossivel!

Claro que nao troquei uma palavras com a sra. da caixa, porque ela nao fala ingles e o meu chines e do melhor, como se sabe :-) Houve tempo para encontrar dois tugas, com os quais nao falei porque nao tava com paciencia. No Hostel ainda houve tempo para ouvir os gritos de uns brasileiros que parece estar no Carnaval o ano inteiro, mesmo na China! Enfim, e um Hostel internacional nao ha duvida, porque tambem ja por la ouvi gente a hablar espanhol.

Entao vamos la agora saber o que e que eu ja comi desde que ca estou: o pequeno-almoco custa 10 Yuans, ou seja 1 aereo. Sao 3 torradas de pao de forma, tipo pao rico, um ovo estrelado e uma caneca de cafe...quer dizer agua suja que aquilo nao sabe a nada. ja jantei umas sanduiches, que eram boas e caras, que aqui tudo o que e internacional faz-se pagar bem.

Hoje chegam os meus dois parceiros de casa e vai ser muito melhor. Pelo menos ja vou ter companhia para almocar e jantar e para explorar os mercados e centros comerciais ca do sitio. Tou a precusar de comprar umas coisas. tipo: ROUPA, porque nao trouxe quase nada, como ja sabem!

O pequeno-almoco dos chineses e estranho. Comem umas coisas com pauzinhos que se parecem com uns paes, e nao consegui ainda perceber o que e o resto.

Bem, quando eu provar mais umas coisas eu aviso. Mas desde ja informo que a comida chinesa que se come em Portugal nada tem a ver com a que se come ca.




Terça-feira, 16 de Janeiro de 2007
Ja ca estou

Ja estou na China. Chguei ontem..quer dizer hoje..., bem entre o ontem e o hoje algures numa diferenca horaria de 8 horas. Nao se percebe nada do que esta gente diz. tem todos os olhos rasgados. Consduzem que nem loucos e nao respeitam os peoes. comem coisas estranhas, como a sopa que me deram ontem ao almoco no Hostel onde estou hospedada.

Nao tem acentos nos teclados como ja devem ter percebido. Esta um frio desgracado na rua (ainda que toleravel - benditas botinhas compradas a ultima da hora) e nos edificios um calor insuportavel. Ainda nao tenho ligacao a net no meu gabinete por isso o teclado nao e do do meu portatil (razao da falta de acentos).

O que e que querem saber mais? Bem alem da dificuldade da lingua, esta zona da Embaixada e aparentemente muito civilizada e e a zona por excelencia de expatriados (que e o que agora sou). Ainda nao fui fazer nenhuma visita a sitio nenhum porque ainda nao deu tempo. Hoje vim a pe para o ICEP, sao entre 20 a 30 minutos. Foi agradavel e frio!

Aqui dentro do ICEP - Embaixada, nem parece que estamos na China. Alias ainda me parece quase absurdo dizer que estou na China...e muito estranho, muito estranho mesmo.

Estou so a espera que cheguem os meus compatriotas expatriados para passarmos a accao, ou seja, a procura de uma barraquita para morar, e ai sim ja podemos depois planear as nossa visitas turisticas.

Tenho mais uma coisa a dizer: os chineses comem em qualquer lado. Na rua, no Taxi, no passeio, em cima da arca dos gelados dentro dos supermercados...enfim habitos diferentes...e esquisitos, especialmente se quisermos comprar os gelados. Ja sei onde e o Banco para levantar dinheiro, o supermercado para fazer compras, os correios e a DHL. Agora so tenho que saber onde sao os mercados baratinhos para mandar fazer uma roupinha, tipo fatos, que aqui tenho mesmo que andar aperaltada!

 




A Grande Viagem!
Este texto é escrito enquanto decorre esta longa viagem até à China. Não havendo nada para fazer, porque primeiro não houve kilos que permitissem arrumar um livrinho na bagagem e porque não houve tempo para ir às compras...escala muito apertada!
Seja como for, estando o portátil com bateria, posso escrever estas palavritas para os meus amigos saberem o que me vai na mente a não sei quantos pés de altitude e a sobrevoar sabe-se-lá o quê, quando ainda faltam 5 horas e meia de voo.
 
Bem, a primeira coisa que e ocorre é que me apetecia estar na minha cama a descansar....mas como isso só vai acontecer daqui a mais ou menos 9 meses, o melhor é pensar noutra coisa.
 
Quero a gradecer a todos os que ficaram felizes por eu ir para a China, quer dizer, por estarem conte ntes por me ter sido dada esta oportunidade, não por eu ir para o “fim do mundo”...bem, espero eu.
 
Aos amigos mais antigos e aos mais recentes, aos que foram ao jantar, aos que não puderam ir mas que me ligaram a desejar boa viagem e aos que me levaram ao aeroporto. Aos que telefonaram horas antes da viagem, com vontade de partilhar este momento comigo. É claro que as despedidas têm sempre aquela parte da baba e ranho, porque eu tenho a sorte de ter uns amigos espectaculares que sempre me acompanham para todo o lado, nem sempre em pessoa, mas em espírito de certeza. A estes que são das pessoas mais importantes da minha vida eu agradeço o ânimo para esta nova aventura. O agradecimento aos meus pais está obviamente ímplicito, porque sempre estiveram também lá e sabem o quão desejei que isto me acontecesse.
 
Bem, deixando agora a parte lamechas da coisa, mas que quem me conhece sabe que tinha necessariamente que falar nela, vou contar os precalsos inciais de viagem.
 
Primeiro e porque o dia de sábado foi um stress pegado, acabei a fazer as últimas compras às 9 da noite...bem até parece que na China não há lá coisas, mas pronto, tenho esta mania de querer sempre levar tudo. E é aqui que tem papel fundamental Joãozinho, o carregador, o motorista, o stressado, o guia....o meu amor, que ficou à espera desta maluca em terras lusas.
 
Aquilo foi andar para baixo e para cima, com sacos, nas lojas no hipermercado...enfim, para terminar a comer uma pizza carbonara em vez de um jantar fabuloso à luz das velas....tava tudo exausto, não havia paciência nem vontade.
 
Depois começou a parte de ensacar coisas. Alinhar os montes de roupa em cima da cama e esperar que caiba tudo nos saquinhos maravilha que se aspiram e ficam em vácuo para ocupar menos espaço. Meus amigos, aquilo é que foi transpirar......então é assim: a roupa, que já era pouca ficou muito reduzida quando em vez de 23 kilos a mala pesava 30. Não havia espaço nem peso para mais nada. Não houve nem sapato, nem sapatinho, nem casaco, nem casaquinho, nem fato nem fatinho. Arrumei o que pude até à 1 e meia da manhã e dps fui dormir.
De manhã toca de acordar cedo para tirar mais coisas da mala. Esvazia os sacos, aspira o ar, depois não cabe, abre outra vez, aspira o ar...enfim, cena género Mr. Bean. Joãozinho que acorda entretanto do seu sono de beleza disse: o que é que se passa? Lá lhe tive que explicar que a roupa era muita, mala pesada, blá, blá, blá. – Não há problema, enfiam-se já aqui os ténis e o casaco ali, e o fato acolá e depois logo se vê. E foi o que se viu. A malinha maravilha ia bem cheinha e a sra. do check in até foi bacana, pelo que disse: tire lá qualquer coisinha para ver se a mala não pesa 30 kilos, um ou dois. E pronto, cá ficaram uns livrinhos....
 
Mas quem, é que manda alguém para a China 9 meses com 23 kilos de bagagem? Quando estão ainda por cima 6 graus negativos que é uma coisa que, no momento em que escrevo isto, ainda não sei o que é? Lá vou ter que ir à compras, mas também....bolas, bolas....
 
Então e depois foi um corre corre de toma banho come, abre a porta, carrega o carro, entra no carro, chega ao Aeroporto. Mil quinhentas recomendações de Joãozinho o viajador, que tira que põe, o gate, a porta o embarque, as malas, a CHINA!!!!
 
O paizinho teve que ficar de cama, teve uma súbita crise de gripe e pronto, lá foi a minha mãe levar a cria para esta aventura do outro lado do mundo.
                                                                                                                            
Bem com isto tudo, estou desejando de chegar, mas confesso que tenho algum receio. Nunca estive numa realidade tão distinta da minha, e embora me considere com capacidade e coragem para aguentar o choque da diferença, sinto-me mais segura aqui sentada, num Boeing 777, com estes chinesinhos todos que regressam da aventura Ocidental ao seu país. Na verdade a aventura deles é igual à minha, e isso deveria deixar-me mais calma, se calhar até deixa...
 
Bem, acho que vou parar por aqui. O que escrever proximamente será já em terra firme quando sair do avião às 10h30 da manhã em Beijin, a cidade que me vai acolher os primeiros 9 meses deste ano de 2007 e que me vai proporcionar concerteza sensações inesquecíveis. Sobretudo, espero que corra tudo bem, e que em Outubro possa contar todas as histórias que me aconteceram às mesmas pessoas que estiveram comigo desde o dia 1 desta grande aventura. Num jantar, numa festa, em qualquer sítio...mas em Portugal.

sinto-me:

disse anliang às 06:50
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